Volks avalia lançar carro elétrico no Brasil e na América Latina

 terça, 10 de setembro 2019

Volks avalia lançar carro elétrico no Brasil e na América Latina

Na véspera da abertura do salão de Frankfurt, na Alemanha, Volkswagen e Mercedes receberam a imprensa para adiantar alguns dos temas que devem ser explorados no evento. O presidente da Volkswagen na América Latina, Pablo Di Si, diz que a empresa começou a analisar que tipo de modelo elétrico poderá ser vendido nos mercados do Brasil e demais países da América Latina. A companhia tem planos de lançar 20 variações de carros elétricos da marca Volks no mundo até 2025 e mais de 70 de todo o grupo antes de 2030. A variedade permitirá, afirma Di Si, que a operação latino-americana possa escolher o melhor modelo para a região.

A Volks apresentou ontem, na Alemanha, um carro 100% elétrico que custará, na Europa, em torno de € 30 mil. O chamado ID (Inteligent Design) é o primeiro carro totalmente elétrico da Volks feito sobre plataforma desenvolvida para essa finalidade.

No fim do ano, a montadora lançará no Brasil uma versão híbrida do Golf, já vendida na Europa. No caso, é uma adaptação, para modelos elétricos, de uma plataforma para veículos a combustão.

Uma das vantagens de desenvolver uma plataforma, com novo desenho, só para elétricos, afirma Di Si, é a possibilidade de ganho de espaço interno, já que esse tipo de veículo dispensa a necessidade de um espaço exclusivo para o motor na parte dianteira.

A direção da Mercedes-Benz estima que entre 2020 e 2025, mais de 25% das vendas dos seus automóveis serão feitas por plataformas online. Para a chefe mundial de marketing da marca alemã, Brita Seeger, o formato tradicional de vendas, com a exposição dos carros em showrooms das concessionárias, começa a se esgotar.

Hoje, disse Brita, a Mercedes quase não faz vendas online. Apenas testa o formato. “Ainda não sabemos exatamente como será essa mudança e nem o quanto as pessoas vão querer ver ou dirigir o veículo; mas temos certeza que cada vez mais temos que ir até o cliente e não mais fazê-lo ir até nós.”

Fonte: Valor Econômico