Entenda a linha de financiamento para o pagamento de salários de funcionários

 segunda, 30 de março 2020

Entenda a linha de financiamento para o pagamento de salários de funcionários

O Governo Federal anunciou nesta sexta-feira (27) uma linha emergencial de financiamento para que pequenas e médias empresas paguem o salário dos trabalhadores, um esforço para conter demissões em um período de recomendado isolamento social.

No total, serão disponibilizados R$ 40 bilhões exclusivamente para pagamentos de salários. As empresas que aderirem à linha de crédito não poderão demitir funcionários.

A expectativa, de acordo com o governo, é que 1,4 milhão de empreendimentos sejam beneficiados. Entre os trabalhadores, estima-se que 12,2 milhões de pessoas sejam favorecidas.

Entenda quais empresas podem ser beneficadas:

Para requerer o financiamento, a empresa deve ter faturamento mínimo de R$ 360 mil e máximo de R$ 10 milhões anuais. Ao tomar o empréstimo, que pode ser dividido em 36 parcelas, o empresário terá 6 meses de carência.

A medida cobre remunerações de até dois salários mínimos, ou seja, R$ 2.090. Dessa maneira, se a empresa aderir ao financiamento, funcionários que recebam valores superiores terão seus rendimentos reduzidos, mas a empresa pode complementar o valor com caixa próprio.

São previstos juros de 3,75% ao ano, mesmo patamar da taxa Selic, que é a taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia para títulos federais.

Bancos privados

Os bancos Santander, Itaú e Bradesco vão disponibilizar recursos para a linha emergencial. Neste caso, as empresas que se candidatarem para o financiamento deverão passar por análise de crédito. O governo assume 85% do risco de inadimplência, os bancos ficam com 15%.

O empresário deverá chegar a um acordo com a instituição financeira. O valor dos salários será depositado diretamente na conta dos funcionários.

O Tesouro Nacional entrará com 85% dos recursos e os bancos, responsáveis pelo repasse do recurso, com o restante.

Fonte: O Tempo